quarta-feira, 12 de novembro de 2008

hoje

E mesmo quando não é o mesmo, tem semelhança.

Será que sou sempre a mesma? Existe algo que nunca muda?

Se existe me diz o que eu tenho. Me diz o que sou.

O que seria aquela coisa capaz de me reconhecer

sem essa voz rouca, sem essa risada quase muda e suína - pois é - sem essas manias de estalar dedos ou passar a mão pelos cabelos?

Como me vê sem me vê?

Está acostumado. É a mesmice da vida repetida.

Essa coisa de sermos seres pensantes que fingem serem seres mutantes.

Não quero a mudança definitiva até porque nem acredito.

Quero aquela história de acordar diferente e dormir igual.

Preciso que algo me toque.

Hoje.

2 comentários:

Anônimo disse...

agora sim entendi! blog, blog. diário. que maravilha, bia. ainda não li tudo, lerei, lerei. internet tem pdoridão, mas tb tem tanta coisa boa.

Zanza disse...

lindo seu blog... pricipalmente por começar com Ávaro de Campos. Vc sabe que em Lisboa eu fiz uma viagem literária pelo mundo de Fernanado Pessoa e Alvaro de Campos, o engenheiro é o melhor de seus pseudonimos.
parabens!